Thursday, October 2, 2008

na "minha" casa quase à beirinha do Mar...

ainda não tenho gás, cama, aparelho de tv e outras coisas menos necessárias...

até gosto de tomar os banhos revigorantes, passei o Inverno da tropa a tomar banho de água fria, e não morri disso...

não tenho cama, mas durmo no sofá, que faz de cama...

as coisas menos necessárias vão aparecendo, aos poucos...

mas sem o aparelho de tv, o adormecer é complicado...
faz-me falta, porque me afasta os fantasmas, as coisas em que não quero pensar, que me atormentam, as responsabilidades, as chatices, e o silêncio terrivel que me faz companhia, quando tudo fica escuro...

o aparelho de tv faz barulho, manda-me coisas parvas cá para casa, mostra-me coisas que não me interessam, futilidades, e pessoas idiotas...

mas também me mostra lugares e coisas que não conheço, pessoas interessantes, conta-me histórias, dá-me música, mas principalmente, faz-me companhia...
companhia não é a palavra certa, a palavra certa é; distrai-me...
companhia é outra coisa...

4 comments:

Ana said...

eu acho que a televisão, muitas das vezes, impede-me de perceber que estou sozinha. se às vezes gosto de estar sozinha e, até, consigo apreciar esses momentos, nem sempre tal acontece. a televisão é a caixa mais poderosa que conhecemos, pois tem coisas muito boas, como as que tu já enunciaste, mas também más.

sonight said...

Olá Amigo!

Que rica casinha!
Espero que esteja tudo bem contigo, pelo menos pareces ter mais animo com a vida ;)
Adoro o Porto, excelente escolha! Irei ao Porto em breve, talvez nos possamos encontrar!

Uma beijoka bem boa.

Sonight

Nuno said...

És mesmo lampião a viver no porto! Então não te disse que te emprestava a minha que estava na arrecadação? Agora olha, queres limpá-lo fecha os olhos! :)
Abraços e liga que eu conto-te o que tem dado no "aparelho de tv".

Britolas

Maria Cardeal said...

Uma vez, quando eu começava do zero, assim como tu, em que parecia que nada tinha, li, agures, uma frase que dizia qualquer coisa como: "...liberdade também é percebermos que, afinal conseguimos VIVER sem aquilo que nos dá conforto ou facilita demasiado a vida..."
(não é nada poético, bem pelo contrário, é a realidade)